domingo, 18 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

ABSTRATA


Linhas Retrô 3

"Panela de pressão"


Bobs, cadê meus bobis, pensou Matilda. A mãe no banho, demorando, desajeitada. Matilda, hoje, estava encarregada do almoço.
"Que pena, queria rever as receitas da avó". 
Ouvia o barulho do chuveiro e pensava, "Ô vida dura". Em seguida lembrava dos avós e sorria novamente. Suspiros, e vamos tocar a vida. Pensando no almoço e arrumando os rolos na cabeça.A mãe sai do banho e pergunta:


- Já colocou o feijão no fogo?
- Não, estava lembrando das receitas da vovó.
- Vamos Matilda, eu ajudo.


E foram para a cozinha. Assim ficava melhor. a mãe lavando louça e Matilda cozinhando. Quando necessário a mãe cortava legumes.
Passou um cardápio inteiro pela cabeça da mãe. Pequena, comilona, comia tudo o que vinha pela frente. Quando mocinha, penou para emagrecer e virar miss.


- Mãe agora é você que tá nostálgica.
- É filha, tempos bons aqueles de quando eu era miss.
- Panela, panela de pressão, por que você faz tanto beição.


E a mãe caiu na risada.


- Só você mesmo para ter esse senso de humor..
- Se eu não der um jeito de brincar com a situação vou me escabelar toda e dá muito trabalho para arrumar "os rolinhos".
- É, você tem que ter paciência se quiser arranjar trabalho de modêlo.
- Mãe, enquanto a panela beiçuda cozinha o feijão vamos fazer umas "palavras".
- Vamos. 


E a distração se tornou um problemão.


Depois de meia hora elas ouviram, ou melhor, ficaram quase surdas com o barulhão na cozinha.
No outro segundo elas já estavam na porta da cozinha.


"Era feijão para todo o lado".
- Ah me Deus! E agora? (mãe).
- Vamos limpar a cozinha com água de feijão e caiu na risada.
- Filha essa sujeirada toda e você ainda ri desse jeito.
- Não tem outro jeito. Eu é que não vou me encher de cabelos brancos por causa de uma panela beiçuda.


E assim passou-se a manhã com as duas limpando os azulejos brancos dos feijões, que pareciam dar um toque  "petipoá preto".


VKÜ 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Nos tempos de "Oficina de Criação Literária"



Vitória Leiria

Maria ia à feira toda quinta feira. Acordava cedo, caminhava, escolhia, comprava, voltava, separava, guardava, limpava, temperava, assava, servia, recolhia, lavava, guardava, olhava, conversava, suspirava, às vezes chorava, às vezes ria. Quase sempre escrevia.

Em seus contos sempre tinha um João, uma Maria, uma peixaria, um gato, um cachorro, um bonde, flores, vida, historias, mimos, carinhos, conversa, passeios, trabalho, namoro, família.

Seus personagens homens levantavam, bocejavam, barbeavam, banhavam, vestiam, comiam, ouviam, riam, gritavam, falavam, cortavam, vendiam, dormiam, apalpavam, ironizavam, gargalhavam, esbofeteavam, beijavam, lavavam, palitavam, roncavam. Suas personagens mulheres sonhavam, suspiravam, beijavam, amavam, acordavam, cozinhavam, lavavam, serviam, concordavam, olhavam, sorriam, comiam, lavavam, caminhavam, feiravam, se matavam, se estressavam, envelheciam, se consumiam. A peixaria ladrilhava, reluzia, sangrava, tilintava, odorizava. O gato eriçava, curvava, arranhava, desprezava, miava, avisava, machucava. O cachorro brigava, brincava, rebolava, sujava, protegia. O bonde subia, apitava, ajuntava, acolhia, esfumaçava, oleava, encarecia, judiava, descia, era o que ele fazia.

As flores perfumavam o jardim de Maria.

As historias levitavam a mente de Maria.

A família era a vida de Maria.

Dava mimos quando ganhava carinho.

Conversava e passeava quando não trabalhava,

Namoro só com o João.

Essa era a vida de Maria...

Nos tempos de "Oficina de Criação Literária"



Vitória Leiria

Ângelo, filho de uma costureira, Clara, e de um torneiro mecânico, Pedro, crescera em meio às linhas e agulhas.

Quando Ângelo completou sete anos seu pai, com certa desconfiança e receio quanto ao futuro do filho, passou a ensinar-lhe o seu ofício levando-o todos os dias para a oficina depois da escola.

Na escola, Ângelo, aparentemente, demonstrava ser um aluno normal, taciturno, retraído. Porém um dia ele desentendeu-se com um colega que o chamara de “bicha”. Nesse dia seu pai foi chamado à Escola e foi então que ele começou a desconfiar que algo não ia bem com Ângelo.

- A irmã Sofia irá atendê-lo num instante. Disse irmã Teresa.

- Sr. Pedro, por favor, entre!

- Irmã, o que aconteceu?

- Seu filho brigou com um de seus colegas de turma. Foi preciso duas pessoas para separar os dois. O Ângelo estava enfurecido. Não tivemos outra opção a não ser chamá-lo.

O pai, após saber do motivo da briga, ordenou que Ângelo ficasse de castigo naquele fim de semana.

O menino passou, sem que a mãe e o pai soubessem, a olhar as revistas de moda que a mãe guardava na sala de costura. Alguns dias depois, Ângelo arrancou uma página da revista e colou em álbum de fotos.

Clara, sempre ocupada com as clientes, não dava muita atenção para o filho. Na escola, Ângelo, depois da briga, fez amizade com um colega de turma, Patrício. Os dois passaram a se ver todos os dias. Para estudar, jogar vídeo game, andar de bicicleta ou simplesmente ver TV.

O ano escolar terminou e Ângelo sempre às voltas com o amigo Patrício.

As famílias se encontraram para os festejos do Natal. Uma convivência que aparentemente começara de forma inocente, pelos filhos, prometia distribuir bons frutos. E assim, ano após ano, reuniam-se em churrascos de aniversários e para os festejos de fim de ano.

Não foi surpresa quando, alguns anos mais tarde, os dois meninos, já adolescentes terminando o segundo grau, anunciaram que fariam vestibular para medicina. Pretendiam ser cirurgiões plásticos. E assim se sucedeu. O que ninguém suspeitava é que iriam cursar faculdade no exterior e morar no mesmo alojamento. Uma luzinha amarela começou a piscar na mente do pai de Ângelo, ou melhor, dele e na mente do pai do Patrício. As mães, envolvidas com suas tarefas caseiras e de profissão, não se envolviam muito com as tarefas da educação dos filhos. Os maridos assumiam inteiramente a tarefa, e demonstravam preocupação mútua, nas conversas presenciais e por telefone.

A preocupação não era sem fundamento. Tanto que, no ano seguinte, no natal, os dois compareceram muito alegres, fluentes no papo, demonstrando estarem muito entrosados. A conversa seguiu normal. Apenas na saída, momentos antes de voltar à faculdade, o pai de Ângelo viu algo que poderia denunciá-los. Viu Ângelo passar a mão no rosto do amigo ao entrarem no carro.

No aniversário de Ângelo os pais resolveram ir visitá-lo.

A terra se abriu aos pés de Pedro e o engoliu. Foi essa a sensação que ele teve ao saber do filho de suas preferências sexuais. Ângelo era gay. A mãe chorando abraçou o filho, enquanto o pai, em ebulição, já vislumbrava as portas do inferno sentindo os efeitos de um enfarto fulminante.



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Linhas Retrô 2

"Chiclete"

Depois de uma noite se revirando na cama por causa dos mosquitos, Matilda desabou no chão e continuou a dormir. Um roxo na coxa e outro no cotovelo foi o que sobrou. 
a mãe com pena preparou-lhe um banho de água de rosas. Na verdade ela fazia uma infusão com petalas de rosas. 
Matilda com rolinhos na cabeça mais parecia uma cena de filme dos anos 70, só com os dedinhos dos pés de fora da água na banheira. Enxugou-se, vestiu o short xadrez, branco e liláz, camiseta verde claro e chinelas rasas. Secou bem os cabelos,  atou-os com fita vermelha de cetim, pegou uma grana da bolsa da mãe e saiu para comprar o café e o frango para o almoço. 
Caminhou duas quadras e quase levou um tombo por causa de uma casca de banana e seguiu. Entrou na padaria do seu Mário e pediu duas empadas, dois mil folhas, quadro pãezinhos franceses, queijo, leite e um frango assado. Afinal hoje era domingo e ela iria ficar com a mãe. Pagou e saiu. 
Virou a esquina de casa e pizou em um chiclete. 
- Mas que merda! Quem foi o infeliz que resolveu curpir a consciência. 
Quando chegou em casa viu Pedrão varrendo o chão na frente da porta do prédio. 
Olá Pedrão!
- Olá belezinha! Como está quente hoje não?
- É mas e você por que está aí a varrer o chão?
- Não quero ver você escorregar com nenhum grão de areia!
- Oh! Obrigada e subiu as escadas com as duas sacolas da padaria.
No que Pedrão olhou as belas pernas com o rabo dos olhos. 
Só depois de deixar as sacolas na cozinha é que pôde limpar as chinelas do chiclete. 
- Que desperdício!
- O que foi filha?
- Pisei em um chiclete na volta. Eu acho um desperdício de tempo, beleza e d'água para tirar essa "caca" do chinelo. 
- Não se preocupe filha, vamos tomar café. 
E levaram uma bandeja cada uma e sentaram na sacada da sala, que dava para a frente do prédio. Ainda conseguia ouvir e ver as ondas do mar que ficava a duas quadras da praia. 
Para ela era um descanso, com os pés para cima. Para a mãe descontração, fazendo palavras cruzadas. E para os passantes delírio, ao verem de relance as belas pernas. 

sábado, 29 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

DESENHO - em guarda 1 



                                                        DESENHO - em guarda 2


sábado, 22 de outubro de 2011

Linhas Retrô

Matilda deveria trocar de nome:
- Ô nome brega, o que será que minha mãe pensou na hora que me registrou com esse nome.
E encheu novamente as mãos com os cabelos fartos e ondulados. Brilhosos. Puxou em rabo, prendeu e fez argolas com as mechas. Grampos e mais grampos.
Como se não bastasse colocou um laço de cetim rosa na parte superior da cabeça. E com um chiclete na boca admirou-se no espelho da porta do armário.
Virou de perfil, ajustou a saia do vestido marinho, petipoá branco, verificou se não havia nenhuma linha fora do lugar, pegou a bolsa em verniz, beijou a mãe, que já não era mis, e saiu. Nas escadas do prédio  ouviu um elogio:
- Vai procurar emprego? Com esse corpinho eu te arranjaria um fácil, fácil!
- Qual é Pedrão, tá me estranhado?
- É que eu não sei calar a minha bôca. Vamos lá, dá uma chance aqui pro fofão!
- Vê se te enxerga. Até mais!
E lá se foi para mais uma tentativa de sair da mesmice. 
Pensou, pensou, pensou que o Pedrão tivesse razão. Parou, entrou num bar e pediu um copo de chá gelado. Sentou, tirou um lencinho da bolsa e secou o suor. 
- A madame tá com fome? Tem uns pastéis fresquinhos. 
- Não, não, talvez na volta. 
Matou a sêde e saiu à trote. Segurou-se impávida nos saltos para não escorregar e torcer o pé. 
- Quem é que teve idéia de calçar as ruas com essas pastilhas. 
Tratou de caminhar mais rápido. E aos pulinhos chegou à Agência de Modelos "Nalata". 
Dois andares de elevador e saiu tinindo ao encontro da secretária. 
- Menina hoje tem é um comercial de pasta de dente!
- Já não era sem tempo. 
- Só que você vai ter de trocar a roupa. 
- Tá bem! 
E entrou no camarim. 
Dali à cinco minutos bateram na porta:
- Vamos logo benzinho, passe um lenço de leve nos lábios e limpa os dentes que estão vermelhos. 
Salva por um guardanapo. E foi quase mancando. Trabalho terminado voltou ao camarim, arrumou-se e saiu. 
- Coitadinha, disse a secretária, filha de uma ex-miss e está aí nessa penúria. 
Salva pelo corpinho lindo. 
Matilda, cansada, não via a hora de chegar em casa. 
Na escada do prédio tropeçou em um degrau e quase foi de bico ao chão, se não fosse por Pedrão. 
- Obrigada! 
Levantou-se, ajeitou o vestido e subiu. Não sem antes notar que a camisa do seu salvador era xadrez preto e branco que nem o chão da entrada do prédio. 
- Vou lá, mamãe deve estar me esperando. 
E Pedrão abanou com um lenço na mão e um charuto na outra. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011





"Inspiração"

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"KADU"


                                                                     

                                                                                                                                                

Aquele verão ficara comprido demais. Não conseguia perceber a beleza e o encantamento das coisas que estavam  à minha volta. Mamãe morrera. Tinha a sensação de que fora ontem. Doía muito a falta que eu sentia dela. Minha cabeça estava cheia de perguntas e eu não sabia todas as respostas.
KADU, tinha 7 anos quando morava perto de Bengala[1], em uma terra onde plantavam inhame,  com Ab[2] Nazir e Umm[3] Sale”.
Tudo ia bem até o governo começar a importunar Nazir para aderir a projetos políticos escusos. Ele não aceitou e começou uma perseguição terrível. Um dia papai chegou em casa esbravejando, chutando tudo que via pela frente. Até o dia em que ele foi morto. Enganaram a todos e disseram que tinha sido um acidente.
Sale pegou um emprego de faxina no centro da cidade. Ela se recuperou após algum tempo e casou com Kenui. Não gostei  muito do padrasto mas não era violento e dava tudo o que nós precisávamos. Mudamos-nos então para um lugar melhor, com uma casa maior. Foi nesse lugar que nasceram meus outros três irmãos: Benazir, Pojo e Melina. Cada vez que mamãe engravidava mudava de emprego.
Certo dia ela voltou para casa com o rosto machucado. Havia apanhado no emprego. Kenui foi reclamar e quase foi morto. Salvo por pessoas que passavam por ali. Não conseguimos mais ficar naquele lugar e nos mudamos. Lá fomos nós em uma camionete, como se fôssemos animais soltos e partimos dali. Toda a família teve de se mudar .  Perdemos tudo. Viajamos um dia inteiro e finalmente chegamos à cidade de Bonu[4].
Fomos morar de favor na casa de um  parente afastado de meu padrasto.  A situação não estava nada boa. O marido de mamãe ficou muito triste porque não conseguia emprego e começou a beber. Meus irmãos eram pequenos ainda e eu tinha 11 anos.  Ele ficou doente. Sem dinheiro a família não podia pagar um tratamento e Kenui morreu de cirrose.
Meus Deus! Foi um choque para todo mundo. Mamãe  ficou muito triste. Perdera dois maridos e não sabia mais o que fazer. Depois de alguns meses Umm arranjou um emprego em que dizia ser mais fácil ganhar dinheiro. Nos mudamos para um bairro mais afastado e numa casinha simples fomos morar. Cresci vendo ela sair à noite e voltar de madrugada. Mamãe  não dizia por nada onde trabalhava, não podia. Era para botar comida na mesa e pagar meus estudos.
Meus avós, coitados, ficaram mais velhos e abatidos. Jadd[5] teve uma doença rara e ficou paraplégico. Jaddah[6] ficou então com toda a carga de trabalho para cuidar de meus irmãos, pelo menos enquanto eu estava na escola. E assim foi até eu completar 16 anos.
Certa noite Sale voltava para casa, tonta por ter bebido e foi atropelada na estrada. Não sobreviveu. Nós afundamos e ficamos à mercê da caridade dois vizinhos. Agora estou eu aqui tentando entender tudo o que aconteceu. Não consigo aceitar tanto sofrimento. Sinto saudades daqueles dias em que eu tinha sete anos.
- Vovó  será que a vida vai um dia melhorar?
- Você tem três irmãos e nós ainda estamos todos juntos. Não fique assim querida, se Deus quiser tudo vai melhorar.
Não agüentei e chorei. Acredito que chorei a noite toda e por todos os anos de sofrimento, pois acordei com olhos inchados que mais pareciam duas mangas.
E não é que Deus olhou para nós e nos enviou uma  coisa boa? Me ofereceram um cursinho de datilografia na escola onde eu estudava e aceitei. Esse tempo durou um ano e então arranjei um emprego de secretária.
Vovô começou a fazer artesanato esculpindo madeira que sobrava de uma fábrica do bairro. A pessoa que trazia os pedaços de madeira ficou tão compadecida da situação que resolveu nos ajudar e arrecadou doações e madeira pelo bairro todo. Conseguimos então trocar o telhado da casa, fazer uma área para lavar roupas,  compramos uma  máquina de lavar usada e fizemos um tanque de tijolos e cimento. Com meu emprego consegui juntar um pouco de dinheiro e comprei à prestação duas camas. Meus irmãos e eu dormíamos, até então, sobre caixas de engradados colocadas umas ao lado das outras e com acolchoados por cima.
Um dia conheci um rapaz muito bom. Ele era um dos sócios da firma onde eu trabalhava. Foi conhecer minha família e ficou encantado com a união e respeito com que todos se tratavam. A firma progrediu e nós casamos. Compramos um terreno perto do centro e iniciamos a construção de nossa casa.
Fomos morar todos juntos na casa nova. Tinha até uma rampa para a cadeira do vovô. Eu estava grávida de dois meses. Meus irmãos ficaram muito faceiros com a notícia. Eles estavam com oito, dez e onze anos. Os negócios cresceram, meus irmãos estavam em uma boa escola de bairro e no final do ano o bebê nasceu coroando de felicidade o natal em família.





[1] Bengala – nome original de Bongor / Chad
[2] Ab – pai
[3] Umm – mãe
[4] Bonu – Nigéria
[5] Jadd – avô 
[6] Jaddah – avó

domingo, 24 de abril de 2011

No Jardim




Sentada em banco do jardim
ainda úmido pela chuva
As plantas de um verde musgo molhado
Vasos esculpidos em pedra pômes clara

A poça de água rasa reflete
a luz do sol matinal
com uma brisa fria de primavera

rosas vermelhas espalham
seu perfume por entre os
ansiosos por amor!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pensamentos esparsos

Palmeiras
folhas dançando com o vento
calçada molhada,
O sol esgueirando-se por entre
as nuvens pesadas,
O barulho das ondas do mar,
A espuma das águas entrando
nos dedos dos pés,
A cidade trabalhando,
e eu, tentando sobreviver,
com minha mente viajando!